Fast Food

a comida japonesa 100 por cento vegan chegou (finalmente) a Lisboa – NiT


Yasai Ramen: a comida japonesa 100 por cento vegan chegou (finalmente) a Lisboa

Além da típica sopa, a estrela do projeto, servem um incrível caril com nove especiarias, batata doce, cenoura e cebola branca.

Como muitos da sua geração, João Cassis (36 anos) cresceu a ver desenhos animados japoneses onde os personagens devoram ramen. “Havia imensos. O mais popular talvez seja o ‘Dragon Ball’, mas gostava especialmente de ‘Campeões: Oliver e Benji’, ‘Doraemon’ e ‘Samurai X’. Foram estes que despertaram a minha curiosidade sobre o país e a sua cultura”, conta à NiT.

Quando, em 2016, teve a oportunidade de visitar o Japão, não hesitou. “Foi uma viagem que me marcou bastante, tanto pela gastronomia como pela forma como a sociedade se organiza. Tive também a sorte de um amigo que já lá tinha estado me ter sugerido o itinerário que ele fez e que eu segui. Fugia ao que as pessoas normalmente visitam, sobretudo na primeira vez, o que enriqueceu a experiência.”

Dormir em templos budistas e partir à descoberta de parques naturais que são património mundial da UNESCO foram algumas das aventuras que viveu, coisas que, acredita, se tivesse ido com uma agência, talvez não se tivessem proporcionado. Ao ver ao vivo o que apenas conhecia da televisão e das muitas pesquisas que fez na internet, o interesse pela nação do sol nascente apenas aumentou.

“Depois disso, estive lá em 2019 e vou lá outra vez em breve. Tento ir sempre que posso. E procuro sempre saber mais sobre o país. Até ando a aprender a língua”, comenta entre risos. “De um modo geral, sou um bocadinho viciado no Japão”, confessa.

A vontade de abrir um restaurante japonês vegan surgiu durante a primeira viagem. Até porque em Lisboa, onde João vive, “já há muitas opções veganas, mas no que diz respeito à comida japonesa, as propostas são muito centradas no sushi”. O médico de profissão queria algo que fosse além disso.

A falta de experiência na área levou-o a desafiar Francisco Machado (34 anos), amigo de infância que tem uma empresa que serve refeições, a Yummer, a embarcar no projeto. Foi este quem o ajudou a fechar o conceito. “Inicialmente, pretendia incluir todos os pratos que tinha experimentado nas minhas viagens, mas o Francisco sugeriu que nos focássemos no ramen.”

Os motivos para esta sugestão eram simples: por um lado, com uma receita típica e muito conhecida, talvez conseguissem atrair mais público para o negócio, por outro, ao terem um único prato como protagonista, mesmo que com várias versões, claro, podiam destacar-se pela qualidade, explica.

O menu foi desenvolvido pela dupla, embora com alguma ajuda externa. “Desde aquela primeira viagem que, tanto eu como a minha namorada estamos sempre a fazer comida japonesa e a tentar coisas novas. Quando decidimos apostar todas as fichas no ramen, quase todos os dias o fazíamos cá em casa”. Testaram inúmeras receitas até terem propostas variadas, ora mais picantes, ora mais consistentes, que pudessem interessar não só a vegans, mas a todos.

No total, existem oito opções de ramen (com preços entre os 9,9€ e os 14,9€) na carta do Yasai Ramen, que inaugurou a 9 de setembro, sendo que apenas uma foge à regra. Trata-se de um caril caseiro com nove especiarias, batata doce, cenoura e cebola branca. “Ao contrário do que se possa pensar, o caril é muito apreciado no Japão, embora surja em versões um pouco mais adocicadas que noutros países. Têm várias cadeias de restaurantes centradas neste prato, pelo que resolvemos incluir um no menu.”

Para sobremesa, têm daifuku (3,9€ a 4,5€), “um doce muito típico de arroz, recheado com pasta de feijão azuki e com um morango no centro, que se come mais na rua”. Para beber, conte com cervejas japonesas e kombucha. Atualmente, ainda não dispõem de um espaço físico onde possa ir provar as iguarias, mas se mora em Lisboa, pode encomendá-las através das plataformas Kitch, Uber Eats, Glovo e Bolt Food.

“Como é um conceito relativamente inovador, achamos que era prudente começar lentamente e vermos como as pessoas respondem. Daqui a algum tempo, vamos avaliar se vale a pena avançar para algo mais consistente, como uma casa para receber os clientes. Até lá, temos só uma cloud kitchen a partir da qual produzimos tudo. Funciona todos os dias entre as 12 horas e as 22h30”, conclui.

Carregue na galeria para espreitar o que pode pedir. Pode também consultar o menu, onde encontrará todos os detalhes de cada uma das propostas.

ver galeria

“>





Source link

LEAVE A RESPONSE

Your email address will not be published.